Fiscais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP)
de Campo Mourão autuaram em flagrante nessa semana, o proprietário de
uma fazenda em Luiziana por crime ambiental. Ele foi multado por desmate
de reserva florestal, destruição de vegetação em área de preservação
permanente, corte ilegal de pinheiro e aterramento de madeira nativa. Ao
todo, o Instituto lavrou oito autos de infração. Quatro para o
proprietário da área, três para a empresa que fazia os trabalhos e uma
para a serraria onde eram entregues as madeiras. As multas somam um
total de R$ 78, 9 mil.
IAP |
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Segundo IAP, produtor desmatou ilegalmente dois remanescentes florestais e destruiu matas ciliares |
Segundo informações do chefe do IAP em Campo
Mourão, Paulo Tanahaki, o produtor rural desmatou ilegalmente dois
remanescentes florestais, derrubou 25 pinheiros adultos e destruiu matas
ciliares em margens de córregos e cabeceiras de nascentes com uso de
trator de esteiras. O intuito do infrator era aumentar a área de plantio
agrícola na fazenda que havia adquirido recentemente. Segundo o órgão, o
produtor tentou ainda enterrar as madeiras desmatadas para ocultar o
desmatamento.
Foram apreendidos mais de 50m³ em toras de
pinheiro e folhosas diversas. Parte da madeira estava depositada em uma
serraria do município e parte foi aterrada na propriedade. De acordo com
Tanahaki, a prática de aterramento da madeira dificultou os trabalhos
da fiscalização. Para encontrar a madeira, o IAP solicitou os serviços
de uma pá carregadeira, que desenterrou as toras e lenha. Toda a madeira
apreendida será doada a instituições filantrópicas da região. Tanahaki
informou que o órgão tem intensificado as fiscalizações em toda a
região. “Tentamos atender o máximo possível”, disse. Ele acrescentou que
é importante a participação da população com denúncias anônimas.
Outro lado
A reportagem da TRIBUNA conversou com o advogado
do proprietário acusado do crime, Luis Gonzaga de Oliveira. Segundo
ele, o proprietário tinha autorização do IAP para o desmatamento, porém,
“ultrapassou o limite” de cortes de árvores. O advogado informou que já
entrou com recurso. Oliveira informou que um engenheiro agrônomo
especialista na área está no local fazendo um levantamento para
verificar se realmente houve danos. “Se houve dano a orientação é que
ele [o acusado] repare”, comentou o Oliveira. O advogado afirmou que
caso a denúncia se confirme, o cliente deverá apresentar um projeto de
reflorestamento para a área ao IAP.
Fonte: Itribuna
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